segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

O porquê das coisas

Conhecer e saber o porquê das coisas são duas coisas completamente diferentes. Nunca as devemos confundir.

Rómulo de Carvalho (adaptado)

domingo, 19 de setembro de 2010

Energia renovada

As férias acabaram (para mim foi já há muito tempo). Vem aí o novo ano lectivo.  Espero que todos venham devidamente retemperados e com vontade de trabalhar.

A todos desejo um bom ano lectivo 2010/2011.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Acabou o sonho

E pronto. Acabou-se o sonho. Vamos para casa. Depois de muito sonhar, descemos à terra. A Espanha mostrou-nos, e de que maneira, o quão fraquinhos somos. E não vale de desculpa sequer o cartão vermelho mostrado ao Ricardo Costa, e mal, já ao cair do pano. A Espanha simplesmente foi melhor.

Ronaldo não se viu; onde esteve o ketchup? Não sabe a letra do hino ou tem vergonha de qualquer coisa? Queirós Também ajudou tirando o Hugo Almeida, esgotado, que afinal ainda estava bem fisicamente … em que ficamos? Liedson tocou uma vez na bola, que me lembre …

Grande Eduardo! Fez uma punhado de defesas fantásticas! Só não conseguiu defender o pontapé para o golo … mesmo assim defendeu a primeira tentativa.

Esperemos que haja inteligência suficiente para mudar de uma vez toda a gerência da FPF e partir para um projecto novo, com cabeça, tronco e membros.

Viva Portugal!

terça-feira, 22 de junho de 2010

7 a zero!

Finalmente! Vimos qualquer coisa da nossa selecção! Já era tempo de mostrar alguma coisa. Esperemos que este seja o tónico que faltava para efectuar um bom mundial e, quiçá, alcançar uma posição honrosa.

Uma nota para o norte coreanos pela proeza de, durante todo o jogo, terem cometido apenas… 3 faltas! Sim senhor, isto é que é desportivismo. É a prova que o futebol não precisa de ser à pancada. Já agora, os nossos cometeram 18 faltas… apenas 6 vezes mais!

VIVA PORTUGAL! Vamos dar uma “abada” no Brasil. São os “coreanos” que se seguem :)

terça-feira, 8 de junho de 2010

1º Casamento homossexual

Finalmente aconteceu. O primeiro casamento homossexual em Portugal. Um marco histórico ? Talvez. Confesso que a mim me faz confusão, mas cada um sabe de si.

De qualquer modo, o primeiro casamento foi um triste espectáculo. Todos aqueles jornalistas para registar cada segundo. Até parecia que Cristo tinha vindo à Terra. E para cereja no topo do bolo, a pública exposição das filhas do feliz casal. Será que as mamãs pensaram nos efeitos perniciosos que essa exposição pública poderia ter sobre as filhas? Estou mesmo a ouvir os comentários dos colegas na escola … oxalá esteja errado!

Parabéns às noivas!?

terça-feira, 1 de junho de 2010

Cidadão honorário

Recentemente Gilberto Madaíl foi agraciado com o título de Cidadão Honorário da Covilhã. Que fez para o merecer? Por ter efectuado um estágio da selecção na Covilhã? Parece-me muito pouco. Em que é que isso contribui para o desenvolvimento da Covilhã? Só se foi para as vendas (efémeras) de enfeites, comes e bebes para a ocasião. Muito pouco para tamanha distinção. Mais uma ajuda para baixar o défice …

segunda-feira, 24 de maio de 2010

O Galo viúvo

Certa noite, um ladrão acercou-se de um galinheiro e roubou todas as galinhas, mas deixou ficar o galo. Deixou ainda um pequeno papel amarrado à perna do galo.

Na manhã seguinte, o dono ficou completamente desolado ao ver que lhe tinham roubado todas as galinhas. Apesar disso achou estranho que não lhe tivessem roubado também o galo. Ao reparar no papel amarrado à pata do galo, retirou-o e leu-o. Dizia assim:

“Agora que ficaste viúvo
Podes voltar a casar
Que tenhas muitos filinhas
Que eu hei-de cá voltar.”

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Trabalhos forçados

O incrível aconteceu. Para alguns deputados trabalhar e receber por isso são “trabalhos forçados”, algo degradante absolutamente inaceitável. Fiquei boquiaberto.

Então o que é digno é ficar em casa a apanhar sol à espera que o subsídio chegue ao bolso? Não brinquem comigo!

É da mais elementar justiça que quem recebe subsídio de desemprego ou rendimento social de inserção trabalhe, na justa proporção daquilo que recebe. Já nada me espanta.

terça-feira, 18 de maio de 2010

11 medidas de combate ao défice

Vivemos numa situação de crise, com tendência a agravar-se. Tomaram-se algumas medidas, mas temo que não surtam grande efeito a longo prazo; se calhar servirão apenas para por o problema em banho-maria …
Assim, achei por bem dar o meu contributo elencando um conjunto de medidas, que individualmente poderão (nalguns casos) não ser significativas, mas em conjunto certamente farão a diferença.
  1. Redução do número de ministros a 7 ou 8. Poupar-se-ia muito dinheiro em viaturas, combustíveis, telefones, água, luz, ajudas de custo, assessores, motoristas e um sem mais de mordomias;
  2. Acabar com os cartões de crédito sem limites de plafond para os altos cargos (e não só) do estado. Só os Membros do Governo, os Presidentes da República e da Assembleia da República o teriam, mas com limites razoáveis, afinal podem pagar a “bica” do seu bolso …
  3. Redução do número de deputados. Cada um dos círculos eleitorais elegeria 1 deputado e mais 1 por cada 100 000 eleitores recenseados;
  4. Acabar com as subvenções públicas aos partidos. Estes devem devem ser financiados pelos seus membros ou simpatizantes , não sendo permitido o financiamento por empresas.  Todas as contribuições deverão ser obrigatoriamente declaradas e objecto de recibo. Fiscalização efectiva pelo Tribunal de Contas com aplicação de sanções aos prevaricadores, como por exemplo, o impedimento de participar em quaisquer actos eleitorais durante 5 anos.
    Pergunta-se: alguém sabe qual foi a sanção aplicada ao partido que justificou alguns milhares de euros de despesas com um recibo de estacionamento?
  5. Fim dos dirigentes sindicais com salários pagos pela entidade patronal. Sou favorável aos sindicatos, mas entendo que devem ser estes a pagar os salários dos seus dirigentes.
  6. Acabar com as 4 260 juntas de Freguesia existentes no país. Afinal, para além de passarem uns quantos atestados, servem para mais o quê?  Para dar “tacho” aos camaradas de partido? Poupavam-se 12 780 “tachos”, já para não falar nas despesas de funcionamento dos edifícios onde estão instaladas. Quanto aos funcionários, seriam integrados nas respectivas Câmaras Municipais. Acrescente-se a isto os prejuízos causados pelo absentismo de todos os candidatos às Assembleias de Freguesia, durante o período eleitoral.
  7. Privatizar a CP, a Carris, o STCP, e outras do género. São autênticos “monstros sorvedouros” de dinheiro. São muitos milhares de milhões de euros de prejuízos todos os anos;
  8. Acabar com as deduções de viaturas ligeiras de passageiros nas contas de uma empresa. Para além das empresas de rent-a-car não estou a ver quais as que necessitam destas para o exercício da sua actividade? Ou será que um vendedor de sapatos necessita de um BMW xpto para visitar os clientes? Um comercial ligeiro não faz a mesma vez? Querem comprar carros de luxo, que o façam (estão no seu direito) mas que o estado (os portugueses) não ajude a pagar.
  9. Redução do número de assessores, consultores, secretárias e outros absorvedores de fundos com funções e utilidade questionáveis. Foi muito falada, a alguns anos, a recusa do vereador da câmara de Lisboa, Dr. Sá Fernandes, em usufruir dos 9 assessores a que tinha direito. E era vereador da oposição. Imagine-se os vereadores da equipa governante … um fartote.
  10. Impor um tecto máximo no valor das reformas e pensões pagas por organismos públicos, considerando-se todas as reformas e pensões auferidas pelo cidadão. Assim, o valor máximo seria de 6 salários mínimos nacionais. Com este valor (2850 €) vive-se bem em Portugal, pois uma pessoa reformada já tem os filhos criados e a casa e o carro pagos, pelo que os seus gastos se resumem às despesas diárias. Não dá para champanhe e caviar todos os dias mas … eu também nunca comi caviar e não morri.
  11. Acabar com os Governadores Civis. Afinal servem para quê?

segunda-feira, 17 de maio de 2010

A verdade dos números

O Benfica foi (finalmente) campeão. Queixa-se o FCP dos árbitros,  das decisões dos órgãos da Liga (que por acaso até ajudaram a eleger, mas enfim…), dos túneis, das pontes e viadutos, … e já agora, também do vulcão islandês? Vejamos a realidade dos números.

O gráfico abaixo representa a evolução pontual dos três grandes nas últimas 7 épocas desportivas (5 títulos para o FCP e 2 para o SLB):

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Se atendermos a que as três primeiras épocas indicadas incluíam 18 clubes e as últimas quatro apenas 16, podemos efectuar a correcção para 16 clubes, ficando o gráfico assim:

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O gráfico mostra claramente que, nas últimas 5 épocas, o FCP tem mantido uma (muito) grande regularidade pontual (entre 68 e 70 pontos). Se os outros tivessem mantido o seu desempenho o FCP estaria a festejar o penta. Só que o SLB melhorou, e muito, nas últimas duas épocas: fez “só” mais 24 pontos que à duas épocas atrás e mais 17 pontos que na última época. Não haverá mérito nisto?

Já agora, veja-se ainda a evolução do número de golos marcados, também corrigida para 16 clubes.

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Apenas em 2004-05, é que o campeão SLB não teve o melhor ataque da prova.

Quanto aos golos sofridos, o gráfico é este:

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Mais uma vez lamentável

Mais uma final da Taça de Portugal e, para não variar, arruaça. Os adeptos do FCP foram apedrejados no caminho até Lisboa. Não havia necessidade. Mas os selvagens do costume (será que ninguém sabe quem são?) tinham de “marcar presença”. LAMENTÁVEL.

De qualquer modo poderia ter sido evitado se a PSP/GNR tivesse o cuidado de marcar presença nos viadutos. Bastava a passagem de um carro patrulha à hora de passagem da comitiva nortenha, e sempre se pouparia a remendar estradas, afinal são sempre os “paralelos” a ganhar asas …

Parabéns ao FCP.

domingo, 9 de maio de 2010

Benfica Campeão!

Finalmente! Foi sofrer até ao fim. Mas no fim venceu quem mereceu. Viva o Benfica!benfica

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Bodas de estanho

Parece incrível, mas a verdade é que já atingi as minhas bodas de estanho. E ainda ontem me casei… O tempo voa. Os filhos crescem. E aparecem os cabelos brancos: as cãs vêm a caminho.
Próxima meta? Quanto a bodas, francamente não sei. Logo se vê. De qualquer modo, espero ver os meus filhos crescerem e tornarem-se independentes. Os pais não duram para sempre …
Já agora, as bodas de estanho correspondem ao 10º aniversário de casamento.

sábado, 24 de abril de 2010

Francês traiçoeiro

Há muito tempo atrás, um português de uma pequena terra, emigrou para França. Lá chegado comprou uma bicicleta já velhota para poder deslocar-se.

Um dia ia a pedalar rua abaixo e, ao chegar perto de um semáforo, que estava vermelho, não fez menção de abrandar. Um polícia que estava a ver o desastre iminente, ainda lhe gritou:
- Attention! Il feu rouge!
Ao que o portuga respondeu:
- Tem ferrugem, mas anda!

Discoteca para … cães!!

Parece incrível, mas é verdade! Eu vi! Com estes dois olhinhos que a terra há-de comer. Uma discoteca para cães!!

Era ver os cães preparando-se no cabeleireiro para cães, claro. Depois, ei-los todos pimpões na festa para curtir a musica, sob o olhar atento dos seus – é melhor não adjectivar – donos. Era a festa de aniversário de um dos cães. Só visto.

Passou-se no Brasil. A TV Record mostrou. E EU VI!
Que mais irão inventar?

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Problema? A escola é solução.

Está na moda (já algum tempo) empurrar para a escola a resolução dos problemas. Senão vejamos:

1) Os jovens iniciam precocemente a sua vida sexual e não tomam cuidado? Dás-se-lhes educação sexual nas escolas.

2) O português conduz mal e sem civismo? É fundamental proporcionar aos jovens educação rodoviária.

3) A malta pensa pouco (ou não pensa coisa nenhuma)? Dever-se-ia iniciar o ensino da Filosofia no ensino básico.

4) O squash é uma modalidade com pouca expressão? Forma-se já um núcleo de squash em cada escola.

5) As (algumas) juventudes partidárias têm dificuldade em recrutar pessoal? Há que dinamizar imediatamente a participação activa das crianças e jovens para consciencializá-los da necessidade de uma participação activa e empenhada na resolução dos desafios que se põem ao país (a 1ª lição é como se tornar um carneiro em 5 minutos).

E mais exemplos haveriam.

Assim, urge modificar os currículos escolares. Para que se tornem modernos e capazes de responder aos desafios que a sociedade actual nos põe, deveriam ser algo do género:

Disciplina

Duração Semanal

Educação Sexual (1)

2 x 90 min

Educação Rodoviária (2)

3 x 90 min

Pensar o chefe local

3 x 90 min

Política Hoje

5 x 90 min

Direitos Individuais

2 x 90 min

Deveres dos Outros

2 x 90 min

Jogos de Bastidores

2 x 90 min

Actividades Culturais e Desportivas

4 x 90 min

Actividades de Enriquecimento Curricular (3)

1 x 90 min

(1) Inclui dicas sobre como se tornar um Casanova.

(2) Inclui carta de lambreta após conclusão do 9º ano.

(3) Português falado (calão e vernáculo de preferência) e escrito (utilizando palavras com o máximo de três letras), Contar pelos dedos, Inglês (recorrendo a filmes de fácil compreensão, tipo Terminator), Estímulo Cerebral (com recurso à PSP e análogos), História (das farras passadas e da vida alheia), Geografia (da miúda que vive no 3º E), Ciência (para totós) e outras coisas irrelevantes que só servem para ocupar os tempos livres.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Regresso ao trabalho

A Páscoa acabou. É tempo de voltar ao trabalho. Para alguns alunos, é a altura de dar o tudo por tudo. Os mais precavidos fizeram-no desde o princípio. Depois ainda ficam a faltar o exames nacionais, tão importantes para aqueles que pretendem “fazer carreira” (curta, espera-se) no ensino superior.

Para os professores é tempo de fazer um último esforço (e mais um ainda) para ajudar aqueles que estão mais “aflitos” mas para quem ainda há “esperança de salvação”.  Esperemos que no fim haja a satisfação do dever cumprido e o prazer de ver as “crianças” a caminho da etapa seguinte.

Para todos, um bom trabalho.

Resolução de problemas

Os grandes desafios têm a vantagem de motivar a criatividade e de originar soluções por vezes enganosamente simples.

Veja-se este exemplo, retirado daqui.

DiagramadaResolucaodeProblemas

domingo, 4 de abril de 2010

Poesia do etanol

Não sou propriamente um apreciador, mas reconheço que um pouco de etanol de vez em quando não faz mal a ninguém. Até é pedagógico, quanto mais não seja para não voltarmos a fazer as mesmas figuras tristes, embora se possam fazer outras.

O etanol também contribui para a produção artística pelo efeito lubrificante que tem no fluir das palavras. Repare-se nestas pequenas “pérolas” da poesia e digam lá que não é assim? Manterei os autores no anonimato, para sua própria protecção.

1ª Pérola

“Quantas vezes nesta vida
O sorrisos reflecte a Lua
Corre Vénus decidida
Verdade cruel e nua
Minha alma perdida
Deixou-te livre na rua.”

2ª Pérola

“Ao longe os cães ladram
Quais Apolos viajantes
Ruídos incessantes ao longe
Ventos ou tempestades não eram
Eram os teus olhos cintilantes
Perdidos na tua música grunge
Os outros, esses não puderam
Irreflectidos, poderosos, reverberantes
Ó Olimpo! Salva-me da vida que me muge.”

3ª Pérola

“E as mulheres andam
lindas, produzida na praça
Todos os sentidos enganam
E perdido, morro de traça!”

4ª Pérola

“E tudo o que te dou
Tu sabes bem assim
Manhã, já cá não estou
Amor, paixão, êxtase, frenesim
Hipócrita não sou
Vou embora sem dizer sim!”

5ª Pérola

“Quantas vezes nesta vida
Nossa alma perdida
Quantas vezes nós nos rimos
Escondendo o que sentimos
Com vontade de chorar.”

O Capitão Ad Hoc

Leram bem: Ad Hoc. Não confundir com o inseparável companheiro do Tintim, o Capitão Haddock.

O Capitão Ad Hoc era um pequeno bar na ribeira do Porto onde passei algumas tardes. Pertencia a uns amigos que o arrendaram para tentar ganhar umas “massas”. Não correu lá muito bem e em poucos meses fechou. Não oferecia nada de diferente. Era mais um entre muitos.

Uma das paredes do bar estava “decorada” com um texto, da autoria de Paulo Mourão (que não faço a menor ideia de quem seja, e a quem desde já peço desculpa por não ter pedido licença para o publicar), acompanhado de uma ilustração a condizer. Rezava assim:

“Depois de nos arrancarem tudo cá de dentro
ficamos assim
em fragmentos que não sabem bem como juntar-se
regard les anjes
regard les poetes
regard les artistes
regard moi
pelo menos uma vez …”

Quantas vezes nos fragmentamos e depois não vemos maneira de voltar a refazer o puzzle? Por outro lado o puzzle humano tem uma grande vantagem: admite várias soluções. O que é óptimo, pois permite-nos evoluir. E que tanta falta faz evoluir!

segunda-feira, 29 de março de 2010

Homem de Deus

Diz a Bíblia que Deus criou o homem à sua imagem e semelhança, mas dotou-o do livre arbítrio, isto é, da capacidade de decidir o seu próprio rumo. Por outras palavras, se der para o torto a culpa só pode ser da obra, que não agiu da maneira mais adequada, visto que o trabalho de Deus foi bem feito. Uma estratégia muito simples de sacudir a água do capote.

Apesar de todos os mil e um defeitos que têm, ou possam ter, há um que nenhum político tem: são fervorosos crentes em Deus. Repare-se que todos apregoam a bondade da sua obra, realçando-lhe os méritos. O grande problema são sempre os seus sucessores ou subalternos que não entendem de modo claro o alcance da sua obra visionária. É o que dá o livre arbítrio.

Oscar Wilde disse: ”I think that God in creating Man somewhat overestimated his ability” (Ao criar o Homem, Deus sobrestimou um pouco as suas capacidades). Poderia dizer-se que ao criar os políticos estava mesmo distraído (a ver as Marés Vivas?) ou sob o efeito de algum psicotrópico. Quem sabe?

sábado, 27 de março de 2010

Metro de Lisboa

Recebi via e-mail a “versão inglesa” do mapa da rede de metro de Lisboa. Está um mimo. Será que alguém conhece a versão inglesa da rede de metro do Porto? A “tradução” para inglês deve ser fantástica, carago!

Lisbon underground

quarta-feira, 24 de março de 2010

Grutas de São Vicente

Uma das atracções turísticas da Ilha da Madeira são as grutas de S. Vicente. São de origem vulcânica e situam-se no norte da ilha. Recentemente voltei lá e pude reapreciar o “trabalho” da Natureza feito a alguns milhares de anos atrás.
De acordo com os especialistas, as grutas mais não são que tubos por onde escoou a lava proveniente dos antigos vulcões que criaram esta massa de terra conhecida por Pérola do Atlântico.
Num percurso não muito extenso, podemos ver o resultado da passagem da lava e também da acumulação de alguns obstáculos que moldaram a forma das grutas.
O Centro de Vulcanismo também é um local interessante pois, através de algumas simulações, permite-nos conhecer a origem e formação do arquipélago da Madeira, bem como efectuar uma viagem virtual ao interior da Terra.

Rota da cal

No passado existiam no arquipélago da Madeira diversas explorações mineiras de pedra calcária para a transformar em cal. Recentemente fui visitar uma dessas antigas explorações em S. Vicente. Infelizmente chovia, não tendo sido possível visitar todos os aspectos da antiga exploração.

A pedra era extraída das pedreiras e transportada às costas para o local onde se situava o forno. Aí era partida em pequenos bocados com o tamanho de um punho. Outros homens dedicavam-se ao corte e transporte da lenha para alimentar o fogo do forno que cozia a pedra.

Forno de cal

A pedra e a lenha eram empilhadas em camadas alternadas, até uma altura aproximada de 5,5 m. Depois era só pegar fogo e esperar pelo dia seguinte até toda a lenha ter sido consumida e a pedra cozida. A cozedura da pedra calcária transformava-a em cal em pedra, por libertação do dióxido de carbono existente no calcário.

Após a cozedura, a pedra de cal era retirada do forno, seleccionada e embalada. Também se utilizava a água para desfazer em bocados mais pequenos as pedras de cal maiores. E, como habitualmente, toda a água necessária, e era muita, tinha de ser transportada às costas, em barris de madeira de 50 litros.

A cal tinha, e ainda tem, algumas aplicações. Antigamente as linhas dos campos de futebol eram marcadas com cal. O problema era quando chovia ou quando um jogador, com a perna ferida, entrava em contacto com ela … era doloroso. Também se utilizava a cal para pintar (caiar) as casas. A cal ainda é utilizada na pintura das estradas regionais, para assinalar os limites das estradas e os obstáculos mais perigosos. A cal também é utilizada para a correcção do pH dos solos. É adicionada aos solos demasiado ácidos. Em laboratório, as soluções aquosas de cal também são utilizadas para identificar o dióxido de carbono.

O chato (1)

Era uma vez um chato, muito chato. Mas era mesmo um chato. O chato não parava de chatear toda a gente. Saía-se com cada uma que era mesmo só para chatear. Também que chatice, o gajo não era lá muito inteligente. Mas esta não era a opinião do chato.

O chato vivia numa qualquer aldeola onde era muito popular. Popular no sentido de conhecido, claro! Já era um grande chato, mas como até topava umas coisitas, lá ia sendo tolerado. Mas aos alegres aldeões já ia faltando a pachorra para o aturar.

Um belo dia o chato resolveu imigrar. Festa na aldeia| Foguetório, Quim Barreiros, Rute Marlene e David Bisbal. Até a polícia lá foi … festejar, é bom de se ver! Às 7h da manhã foi aprovado, por unanimidade, o feriado local em memória da imigração do chato. Três dias depois esta decisão foi revogada, não fosse o chato decidir comparecer aos festejos anuais.

Voltando ao chato, fez-se à estrada. Ia para a grande cidade tirar um curso. Queria ser doutor. Doutor Chato. Aspirava vir a ser um especialista nos seus primos púbicos. Deve ser aterrador um curso com tanto chato à solta!

Chegado à grande cidade, toca de arranjar abrigo para as orelhas. Era complicado mover-se pelas ruas da cidade. O chato não conseguia compreender a razão de todos os caminhos (ruas) estarem numerados a partir do 1. Pensava (eh! eh! eh! – desabafo do narrador) com os seus botões que seria muito mais fácil todos os caminhos terem números diferentes. Assim se alguém não se lembrasse do nome do caminho onde morava bastava perguntar indicações para, por exemplo, o número 7654098 e facilmente lá chegaria.

Finalmente, arranjou casa. Ficou a morar num pequeno T0, no n.º 25 da Rua do Martírio, 2º andar, traseiras. Era barato, a apenas 30 minutos da faculdade – o chato gostava de andar a pé – e com uma vista espectacular sobre o galinheiro da D. Leopoldina.

Continua, num futuro próximo …

Reconstruir

Reconstruir está na ordem do dia. É fácil reconstruir. Com engenho - o homem é engenhoso - e inteligência. Os muros derrubados reerguer-se-ão. Os jardins voltarão a florir. Os caminhos voltarão a permitir a passagem dos viajantes. Será fácil apagar as marcas, transformando-as em longínquas recordações.

Poderá não ser assim tão fácil. Como se reconstrói uma vida tão levianamente dissolvida na água? Não deveria ser a água fonte de vida? A verdade é que a vida também necessita da morte. Permite-lhe renascer, renovar-se, evoluir, …

Como se reconstroem pessoas? Como esquecem a dor, o sofrimento, a perda, a angústia, o sentimento de impotência? Como se financiará esta reconstrução?

Derrubaram-se barreiras. Esqueceram-se velhos ódios, quezílias, implicâncias e maledicências. Será duradouro? Ou será apenas mais um fogacho? Serão os homens capazes de suplantar o ego?

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Plágio e internet

Actualmente está em cima da mesa uma discussão mais ou menos acesa sobre o plágio puro simples que aos alunos fazem ao elaborar os seus trabalhos. O "problema" parece ter também atingido em força as universidades, de tal modo que em algumas os trabalhos dos alunos são obrigatoriamente entregues a um gabinete de triagem prévia (novo lápis azul?) antes de serem encaminhados para os docentes das cadeiras. Aos docentes só são entregues os trabalhos considerados "originais". Sempre são menos para corrigir ...

Mas afinal o que é plágio? Umas das definições (Wikipédia) diz que "é o acto de se apropriar e/ou utilizar parte ou todo o trabalho de outro autor, sem o mencionar." Correcto. Mas será que a mera indicação das fontes melhora o trabalho nelas baseado? Não me parece. Na verdade podemos citar centenas de obras num trabalho e o resultado final não passar de lana caprina.

A minha própria experiência diz-me que, por vezes, a qualidade de um trabalho é directamente proporcional à quantidade de citações e referências bibliográficas que se fazem. É relativamente fácil construir um artigo, onde nada de novo se diz, fazendo uma compilação e reorganização frásica de um conjunto mais ou menos vasto de conclusões e/ou opiniões de outros autores. Não será isto poliplágio (desconheço se a palavra existe, mas à falta de melhor terá de servir)?

No caso das ciências experimentais é cada vez mais frequente os alunos, no Ensino Secundário, se limitarem a fazer o copy & paste do que encontram na internet ou do que obtiveram dos colegas de anos anteriores. Por vezes nem se dão ao trabalho de alterar os valores ou os nomes das substâncias ... O resultado é não fazerem a mais pequena ideia do que aquilo significa e porque razão é assim. Nestas actividades o resultado geralmente não é o mais importante, mas sim a interpretação dos dados obtidos e a confrontação dos mesmos com as previsões efectuadas. Se para algumas observações é fácil explicar os resultados, para outras exige-se um pouco mais de pesquisa.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Temporal na Madeira

tempo também passou pela Madeira e fez imensos estragos. É ver as encostas a descoberto (onde antes havia verde agora existem percursos de água e lama), derrocadas, estradas bloqueadas e nalguns casos destruídas. A chuva caiu sem parar entre as tardes de segunda e terça-feiras.

Ontem, Santana estava completamente coberta por um manto de nevoeiro. A visibilidade era cerca de 10 a 20 m. Estava complicado circular de carro.

Hoje, o Sol resolveu brindar-nos com uma tarde quentinha. Talvez para compensar das amarguras.

As imagens (obtidas hoje, slideshow ao lado) referem-se à zona balnear do Faial, concelho de Santana. Repara-se a grande quantidade de água (castanha) que ainda escorre pela ribeira.

sábado, 30 de janeiro de 2010

Gripe A ... oops!

Afinal parece que o temido H1N1 é um brincalhão! Andamos todos assustados, sempre à coca a ver quando era a nossa vez, e afinal o malandro parece que não tomou as vitaminas do crescimento. Quem parece que não achou muita graça foi a rapaziada das farmacêuticas, que até já tinha comprado mais uns cofres fortes, e agora não sabe o que lhes há-de fazer. Até mete dó tanto euro que vai ficar disperso por aí, quando estariam muito mais aconchegados naquelas caixinhas novas e reluzentes. Não é justo. Será que o viruseco se apaixonou por alguma virose e perdeu o tino?

sábado, 23 de janeiro de 2010

Metro da ciência

A revista espanhola "Muy Interesante" publicou uma infografia muy interesante: chamou-lhe o metro da ciência.

Sob a forma de um mapa de linhas de metro mostra a evolução de alguns ramos da ciência. A não perder. Claro que não estão lá referenciados todos aqueles que contribuíram de modo relevante para a ciência. Para isso seria necessário um mapa quase ilegível ou tamanho A0 ...

Ano Novo

Já há muito tempo que não escrevia aqui. É tempo de sacudir o pó e voltar a partilhar coisa novas.
Feliz Ano de 2010 para todos.