Conhecer e saber o porquê das coisas são duas coisas completamente diferentes. Nunca as devemos confundir.
Rómulo de Carvalho (adaptado)
Pelo prazer de conhecer e dar a conhecer.
Conhecer e saber o porquê das coisas são duas coisas completamente diferentes. Nunca as devemos confundir.
Rómulo de Carvalho (adaptado)
As férias acabaram (para mim foi já há muito tempo). Vem aí o novo ano lectivo. Espero que todos venham devidamente retemperados e com vontade de trabalhar.
A todos desejo um bom ano lectivo 2010/2011.
E pronto. Acabou-se o sonho. Vamos para casa. Depois de muito sonhar, descemos à terra. A Espanha mostrou-nos, e de que maneira, o quão fraquinhos somos. E não vale de desculpa sequer o cartão vermelho mostrado ao Ricardo Costa, e mal, já ao cair do pano. A Espanha simplesmente foi melhor.
Ronaldo não se viu; onde esteve o ketchup? Não sabe a letra do hino ou tem vergonha de qualquer coisa? Queirós Também ajudou tirando o Hugo Almeida, esgotado, que afinal ainda estava bem fisicamente … em que ficamos? Liedson tocou uma vez na bola, que me lembre …
Grande Eduardo! Fez uma punhado de defesas fantásticas! Só não conseguiu defender o pontapé para o golo … mesmo assim defendeu a primeira tentativa.
Esperemos que haja inteligência suficiente para mudar de uma vez toda a gerência da FPF e partir para um projecto novo, com cabeça, tronco e membros.
Viva Portugal!
Finalmente! Vimos qualquer coisa da nossa selecção! Já era tempo de mostrar alguma coisa. Esperemos que este seja o tónico que faltava para efectuar um bom mundial e, quiçá, alcançar uma posição honrosa.
Uma nota para o norte coreanos pela proeza de, durante todo o jogo, terem cometido apenas… 3 faltas! Sim senhor, isto é que é desportivismo. É a prova que o futebol não precisa de ser à pancada. Já agora, os nossos cometeram 18 faltas… apenas 6 vezes mais!
VIVA PORTUGAL! Vamos dar uma “abada” no Brasil. São os “coreanos” que se seguem :)
Finalmente aconteceu. O primeiro casamento homossexual em Portugal. Um marco histórico ? Talvez. Confesso que a mim me faz confusão, mas cada um sabe de si.
De qualquer modo, o primeiro casamento foi um triste espectáculo. Todos aqueles jornalistas para registar cada segundo. Até parecia que Cristo tinha vindo à Terra. E para cereja no topo do bolo, a pública exposição das filhas do feliz casal. Será que as mamãs pensaram nos efeitos perniciosos que essa exposição pública poderia ter sobre as filhas? Estou mesmo a ouvir os comentários dos colegas na escola … oxalá esteja errado!
Parabéns às noivas!?
Recentemente Gilberto Madaíl foi agraciado com o título de Cidadão Honorário da Covilhã. Que fez para o merecer? Por ter efectuado um estágio da selecção na Covilhã? Parece-me muito pouco. Em que é que isso contribui para o desenvolvimento da Covilhã? Só se foi para as vendas (efémeras) de enfeites, comes e bebes para a ocasião. Muito pouco para tamanha distinção. Mais uma ajuda para baixar o défice …
Certa noite, um ladrão acercou-se de um galinheiro e roubou todas as galinhas, mas deixou ficar o galo. Deixou ainda um pequeno papel amarrado à perna do galo.
Na manhã seguinte, o dono ficou completamente desolado ao ver que lhe tinham roubado todas as galinhas. Apesar disso achou estranho que não lhe tivessem roubado também o galo. Ao reparar no papel amarrado à pata do galo, retirou-o e leu-o. Dizia assim:
“Agora que ficaste viúvo
Podes voltar a casar
Que tenhas muitos filinhas
Que eu hei-de cá voltar.”
O incrível aconteceu. Para alguns deputados trabalhar e receber por isso são “trabalhos forçados”, algo degradante absolutamente inaceitável. Fiquei boquiaberto.
Então o que é digno é ficar em casa a apanhar sol à espera que o subsídio chegue ao bolso? Não brinquem comigo!
É da mais elementar justiça que quem recebe subsídio de desemprego ou rendimento social de inserção trabalhe, na justa proporção daquilo que recebe. Já nada me espanta.
O Benfica foi (finalmente) campeão. Queixa-se o FCP dos árbitros, das decisões dos órgãos da Liga (que por acaso até ajudaram a eleger, mas enfim…), dos túneis, das pontes e viadutos, … e já agora, também do vulcão islandês? Vejamos a realidade dos números.
O gráfico abaixo representa a evolução pontual dos três grandes nas últimas 7 épocas desportivas (5 títulos para o FCP e 2 para o SLB):
Se atendermos a que as três primeiras épocas indicadas incluíam 18 clubes e as últimas quatro apenas 16, podemos efectuar a correcção para 16 clubes, ficando o gráfico assim:
O gráfico mostra claramente que, nas últimas 5 épocas, o FCP tem mantido uma (muito) grande regularidade pontual (entre 68 e 70 pontos). Se os outros tivessem mantido o seu desempenho o FCP estaria a festejar o penta. Só que o SLB melhorou, e muito, nas últimas duas épocas: fez “só” mais 24 pontos que à duas épocas atrás e mais 17 pontos que na última época. Não haverá mérito nisto?
Já agora, veja-se ainda a evolução do número de golos marcados, também corrigida para 16 clubes.
Apenas em 2004-05, é que o campeão SLB não teve o melhor ataque da prova.
Quanto aos golos sofridos, o gráfico é este:
Mais uma final da Taça de Portugal e, para não variar, arruaça. Os adeptos do FCP foram apedrejados no caminho até Lisboa. Não havia necessidade. Mas os selvagens do costume (será que ninguém sabe quem são?) tinham de “marcar presença”. LAMENTÁVEL.
De qualquer modo poderia ter sido evitado se a PSP/GNR tivesse o cuidado de marcar presença nos viadutos. Bastava a passagem de um carro patrulha à hora de passagem da comitiva nortenha, e sempre se pouparia a remendar estradas, afinal são sempre os “paralelos” a ganhar asas …
Parabéns ao FCP.
Há muito tempo atrás, um português de uma pequena terra, emigrou para França. Lá chegado comprou uma bicicleta já velhota para poder deslocar-se.
Um dia ia a pedalar rua abaixo e, ao chegar perto de um semáforo, que estava vermelho, não fez menção de abrandar. Um polícia que estava a ver o desastre iminente, ainda lhe gritou:
- Attention! Il feu rouge!
Ao que o portuga respondeu:
- Tem ferrugem, mas anda!
Parece incrível, mas é verdade! Eu vi! Com estes dois olhinhos que a terra há-de comer. Uma discoteca para cães!!
Era ver os cães preparando-se no cabeleireiro para cães, claro. Depois, ei-los todos pimpões na festa para curtir a musica, sob o olhar atento dos seus – é melhor não adjectivar – donos. Era a festa de aniversário de um dos cães. Só visto.
Passou-se no Brasil. A TV Record mostrou. E EU VI!
Que mais irão inventar?
Está na moda (já algum tempo) empurrar para a escola a resolução dos problemas. Senão vejamos:
1) Os jovens iniciam precocemente a sua vida sexual e não tomam cuidado? Dás-se-lhes educação sexual nas escolas.
2) O português conduz mal e sem civismo? É fundamental proporcionar aos jovens educação rodoviária.
3) A malta pensa pouco (ou não pensa coisa nenhuma)? Dever-se-ia iniciar o ensino da Filosofia no ensino básico.
4) O squash é uma modalidade com pouca expressão? Forma-se já um núcleo de squash em cada escola.
5) As (algumas) juventudes partidárias têm dificuldade em recrutar pessoal? Há que dinamizar imediatamente a participação activa das crianças e jovens para consciencializá-los da necessidade de uma participação activa e empenhada na resolução dos desafios que se põem ao país (a 1ª lição é como se tornar um carneiro em 5 minutos).
E mais exemplos haveriam.
Assim, urge modificar os currículos escolares. Para que se tornem modernos e capazes de responder aos desafios que a sociedade actual nos põe, deveriam ser algo do género:
Disciplina | Duração Semanal |
Educação Sexual (1) | 2 x 90 min |
Educação Rodoviária (2) | 3 x 90 min |
Pensar o chefe local | 3 x 90 min |
Política Hoje | 5 x 90 min |
Direitos Individuais | 2 x 90 min |
Deveres dos Outros | 2 x 90 min |
Jogos de Bastidores | 2 x 90 min |
Actividades Culturais e Desportivas | 4 x 90 min |
Actividades de Enriquecimento Curricular (3) | 1 x 90 min |
(1) Inclui dicas sobre como se tornar um Casanova.
(2) Inclui carta de lambreta após conclusão do 9º ano.
(3) Português falado (calão e vernáculo de preferência) e escrito (utilizando palavras com o máximo de três letras), Contar pelos dedos, Inglês (recorrendo a filmes de fácil compreensão, tipo Terminator), Estímulo Cerebral (com recurso à PSP e análogos), História (das farras passadas e da vida alheia), Geografia (da miúda que vive no 3º E), Ciência (para totós) e outras coisas irrelevantes que só servem para ocupar os tempos livres.
A Páscoa acabou. É tempo de voltar ao trabalho. Para alguns alunos, é a altura de dar o tudo por tudo. Os mais precavidos fizeram-no desde o princípio. Depois ainda ficam a faltar o exames nacionais, tão importantes para aqueles que pretendem “fazer carreira” (curta, espera-se) no ensino superior.
Para os professores é tempo de fazer um último esforço (e mais um ainda) para ajudar aqueles que estão mais “aflitos” mas para quem ainda há “esperança de salvação”. Esperemos que no fim haja a satisfação do dever cumprido e o prazer de ver as “crianças” a caminho da etapa seguinte.
Para todos, um bom trabalho.
Os grandes desafios têm a vantagem de motivar a criatividade e de originar soluções por vezes enganosamente simples.
Veja-se este exemplo, retirado daqui.
Não sou propriamente um apreciador, mas reconheço que um pouco de etanol de vez em quando não faz mal a ninguém. Até é pedagógico, quanto mais não seja para não voltarmos a fazer as mesmas figuras tristes, embora se possam fazer outras.
O etanol também contribui para a produção artística pelo efeito lubrificante que tem no fluir das palavras. Repare-se nestas pequenas “pérolas” da poesia e digam lá que não é assim? Manterei os autores no anonimato, para sua própria protecção.
1ª Pérola
“Quantas vezes nesta vida
O sorrisos reflecte a Lua
Corre Vénus decidida
Verdade cruel e nua
Minha alma perdida
Deixou-te livre na rua.”
2ª Pérola
“Ao longe os cães ladram
Quais Apolos viajantes
Ruídos incessantes ao longe
Ventos ou tempestades não eram
Eram os teus olhos cintilantes
Perdidos na tua música grunge
Os outros, esses não puderam
Irreflectidos, poderosos, reverberantes
Ó Olimpo! Salva-me da vida que me muge.”
3ª Pérola
“E as mulheres andam
lindas, produzida na praça
Todos os sentidos enganam
E perdido, morro de traça!”
4ª Pérola
“E tudo o que te dou
Tu sabes bem assim
Manhã, já cá não estou
Amor, paixão, êxtase, frenesim
Hipócrita não sou
Vou embora sem dizer sim!”
5ª Pérola
“Quantas vezes nesta vida
Nossa alma perdida
Quantas vezes nós nos rimos
Escondendo o que sentimos
Com vontade de chorar.”
Leram bem: Ad Hoc. Não confundir com o inseparável companheiro do Tintim, o Capitão Haddock.
O Capitão Ad Hoc era um pequeno bar na ribeira do Porto onde passei algumas tardes. Pertencia a uns amigos que o arrendaram para tentar ganhar umas “massas”. Não correu lá muito bem e em poucos meses fechou. Não oferecia nada de diferente. Era mais um entre muitos.
Uma das paredes do bar estava “decorada” com um texto, da autoria de Paulo Mourão (que não faço a menor ideia de quem seja, e a quem desde já peço desculpa por não ter pedido licença para o publicar), acompanhado de uma ilustração a condizer. Rezava assim:
“Depois de nos arrancarem tudo cá de dentro
ficamos assim
em fragmentos que não sabem bem como juntar-se
regard les anjes
regard les poetes
regard les artistes
regard moi
pelo menos uma vez …”
Quantas vezes nos fragmentamos e depois não vemos maneira de voltar a refazer o puzzle? Por outro lado o puzzle humano tem uma grande vantagem: admite várias soluções. O que é óptimo, pois permite-nos evoluir. E que tanta falta faz evoluir!
Diz a Bíblia que Deus criou o homem à sua imagem e semelhança, mas dotou-o do livre arbítrio, isto é, da capacidade de decidir o seu próprio rumo. Por outras palavras, se der para o torto a culpa só pode ser da obra, que não agiu da maneira mais adequada, visto que o trabalho de Deus foi bem feito. Uma estratégia muito simples de sacudir a água do capote.
Apesar de todos os mil e um defeitos que têm, ou possam ter, há um que nenhum político tem: são fervorosos crentes em Deus. Repare-se que todos apregoam a bondade da sua obra, realçando-lhe os méritos. O grande problema são sempre os seus sucessores ou subalternos que não entendem de modo claro o alcance da sua obra visionária. É o que dá o livre arbítrio.
Oscar Wilde disse: ”I think that God in creating Man somewhat overestimated his ability” (Ao criar o Homem, Deus sobrestimou um pouco as suas capacidades). Poderia dizer-se que ao criar os políticos estava mesmo distraído (a ver as Marés Vivas?) ou sob o efeito de algum psicotrópico. Quem sabe?
Recebi via e-mail a “versão inglesa” do mapa da rede de metro de Lisboa. Está um mimo. Será que alguém conhece a versão inglesa da rede de metro do Porto? A “tradução” para inglês deve ser fantástica, carago!
No passado existiam no arquipélago da Madeira diversas explorações mineiras de pedra calcária para a transformar em cal. Recentemente fui visitar uma dessas antigas explorações em S. Vicente. Infelizmente chovia, não tendo sido possível visitar todos os aspectos da antiga exploração.
A pedra era extraída das pedreiras e transportada às costas para o local onde se situava o forno. Aí era partida em pequenos bocados com o tamanho de um punho. Outros homens dedicavam-se ao corte e transporte da lenha para alimentar o fogo do forno que cozia a pedra.
A pedra e a lenha eram empilhadas em camadas alternadas, até uma altura aproximada de 5,5 m. Depois era só pegar fogo e esperar pelo dia seguinte até toda a lenha ter sido consumida e a pedra cozida. A cozedura da pedra calcária transformava-a em cal em pedra, por libertação do dióxido de carbono existente no calcário.
Após a cozedura, a pedra de cal era retirada do forno, seleccionada e embalada. Também se utilizava a água para desfazer em bocados mais pequenos as pedras de cal maiores. E, como habitualmente, toda a água necessária, e era muita, tinha de ser transportada às costas, em barris de madeira de 50 litros.
A cal tinha, e ainda tem, algumas aplicações. Antigamente as linhas dos campos de futebol eram marcadas com cal. O problema era quando chovia ou quando um jogador, com a perna ferida, entrava em contacto com ela … era doloroso. Também se utilizava a cal para pintar (caiar) as casas. A cal ainda é utilizada na pintura das estradas regionais, para assinalar os limites das estradas e os obstáculos mais perigosos. A cal também é utilizada para a correcção do pH dos solos. É adicionada aos solos demasiado ácidos. Em laboratório, as soluções aquosas de cal também são utilizadas para identificar o dióxido de carbono.
Era uma vez um chato, muito chato. Mas era mesmo um chato. O chato não parava de chatear toda a gente. Saía-se com cada uma que era mesmo só para chatear. Também que chatice, o gajo não era lá muito inteligente. Mas esta não era a opinião do chato.
O chato vivia numa qualquer aldeola onde era muito popular. Popular no sentido de conhecido, claro! Já era um grande chato, mas como até topava umas coisitas, lá ia sendo tolerado. Mas aos alegres aldeões já ia faltando a pachorra para o aturar.
Um belo dia o chato resolveu imigrar. Festa na aldeia| Foguetório, Quim Barreiros, Rute Marlene e David Bisbal. Até a polícia lá foi … festejar, é bom de se ver! Às 7h da manhã foi aprovado, por unanimidade, o feriado local em memória da imigração do chato. Três dias depois esta decisão foi revogada, não fosse o chato decidir comparecer aos festejos anuais.
Voltando ao chato, fez-se à estrada. Ia para a grande cidade tirar um curso. Queria ser doutor. Doutor Chato. Aspirava vir a ser um especialista nos seus primos púbicos. Deve ser aterrador um curso com tanto chato à solta!
Chegado à grande cidade, toca de arranjar abrigo para as orelhas. Era complicado mover-se pelas ruas da cidade. O chato não conseguia compreender a razão de todos os caminhos (ruas) estarem numerados a partir do 1. Pensava (eh! eh! eh! – desabafo do narrador) com os seus botões que seria muito mais fácil todos os caminhos terem números diferentes. Assim se alguém não se lembrasse do nome do caminho onde morava bastava perguntar indicações para, por exemplo, o número 7654098 e facilmente lá chegaria.
Finalmente, arranjou casa. Ficou a morar num pequeno T0, no n.º 25 da Rua do Martírio, 2º andar, traseiras. Era barato, a apenas 30 minutos da faculdade – o chato gostava de andar a pé – e com uma vista espectacular sobre o galinheiro da D. Leopoldina.
Continua, num futuro próximo …
Reconstruir está na ordem do dia. É fácil reconstruir. Com engenho - o homem é engenhoso - e inteligência. Os muros derrubados reerguer-se-ão. Os jardins voltarão a florir. Os caminhos voltarão a permitir a passagem dos viajantes. Será fácil apagar as marcas, transformando-as em longínquas recordações.
Poderá não ser assim tão fácil. Como se reconstrói uma vida tão levianamente dissolvida na água? Não deveria ser a água fonte de vida? A verdade é que a vida também necessita da morte. Permite-lhe renascer, renovar-se, evoluir, …
Como se reconstroem pessoas? Como esquecem a dor, o sofrimento, a perda, a angústia, o sentimento de impotência? Como se financiará esta reconstrução?
Derrubaram-se barreiras. Esqueceram-se velhos ódios, quezílias, implicâncias e maledicências. Será duradouro? Ou será apenas mais um fogacho? Serão os homens capazes de suplantar o ego?