Leram bem: Ad Hoc. Não confundir com o inseparável companheiro do Tintim, o Capitão Haddock.
O Capitão Ad Hoc era um pequeno bar na ribeira do Porto onde passei algumas tardes. Pertencia a uns amigos que o arrendaram para tentar ganhar umas “massas”. Não correu lá muito bem e em poucos meses fechou. Não oferecia nada de diferente. Era mais um entre muitos.
Uma das paredes do bar estava “decorada” com um texto, da autoria de Paulo Mourão (que não faço a menor ideia de quem seja, e a quem desde já peço desculpa por não ter pedido licença para o publicar), acompanhado de uma ilustração a condizer. Rezava assim:
“Depois de nos arrancarem tudo cá de dentro
ficamos assim
em fragmentos que não sabem bem como juntar-se
regard les anjes
regard les poetes
regard les artistes
regard moi
pelo menos uma vez …”
Quantas vezes nos fragmentamos e depois não vemos maneira de voltar a refazer o puzzle? Por outro lado o puzzle humano tem uma grande vantagem: admite várias soluções. O que é óptimo, pois permite-nos evoluir. E que tanta falta faz evoluir!
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