domingo, 4 de abril de 2010

Poesia do etanol

Não sou propriamente um apreciador, mas reconheço que um pouco de etanol de vez em quando não faz mal a ninguém. Até é pedagógico, quanto mais não seja para não voltarmos a fazer as mesmas figuras tristes, embora se possam fazer outras.

O etanol também contribui para a produção artística pelo efeito lubrificante que tem no fluir das palavras. Repare-se nestas pequenas “pérolas” da poesia e digam lá que não é assim? Manterei os autores no anonimato, para sua própria protecção.

1ª Pérola

“Quantas vezes nesta vida
O sorrisos reflecte a Lua
Corre Vénus decidida
Verdade cruel e nua
Minha alma perdida
Deixou-te livre na rua.”

2ª Pérola

“Ao longe os cães ladram
Quais Apolos viajantes
Ruídos incessantes ao longe
Ventos ou tempestades não eram
Eram os teus olhos cintilantes
Perdidos na tua música grunge
Os outros, esses não puderam
Irreflectidos, poderosos, reverberantes
Ó Olimpo! Salva-me da vida que me muge.”

3ª Pérola

“E as mulheres andam
lindas, produzida na praça
Todos os sentidos enganam
E perdido, morro de traça!”

4ª Pérola

“E tudo o que te dou
Tu sabes bem assim
Manhã, já cá não estou
Amor, paixão, êxtase, frenesim
Hipócrita não sou
Vou embora sem dizer sim!”

5ª Pérola

“Quantas vezes nesta vida
Nossa alma perdida
Quantas vezes nós nos rimos
Escondendo o que sentimos
Com vontade de chorar.”

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