quinta-feira, 29 de abril de 2010

Bodas de estanho

Parece incrível, mas a verdade é que já atingi as minhas bodas de estanho. E ainda ontem me casei… O tempo voa. Os filhos crescem. E aparecem os cabelos brancos: as cãs vêm a caminho.
Próxima meta? Quanto a bodas, francamente não sei. Logo se vê. De qualquer modo, espero ver os meus filhos crescerem e tornarem-se independentes. Os pais não duram para sempre …
Já agora, as bodas de estanho correspondem ao 10º aniversário de casamento.

sábado, 24 de abril de 2010

Francês traiçoeiro

Há muito tempo atrás, um português de uma pequena terra, emigrou para França. Lá chegado comprou uma bicicleta já velhota para poder deslocar-se.

Um dia ia a pedalar rua abaixo e, ao chegar perto de um semáforo, que estava vermelho, não fez menção de abrandar. Um polícia que estava a ver o desastre iminente, ainda lhe gritou:
- Attention! Il feu rouge!
Ao que o portuga respondeu:
- Tem ferrugem, mas anda!

Discoteca para … cães!!

Parece incrível, mas é verdade! Eu vi! Com estes dois olhinhos que a terra há-de comer. Uma discoteca para cães!!

Era ver os cães preparando-se no cabeleireiro para cães, claro. Depois, ei-los todos pimpões na festa para curtir a musica, sob o olhar atento dos seus – é melhor não adjectivar – donos. Era a festa de aniversário de um dos cães. Só visto.

Passou-se no Brasil. A TV Record mostrou. E EU VI!
Que mais irão inventar?

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Problema? A escola é solução.

Está na moda (já algum tempo) empurrar para a escola a resolução dos problemas. Senão vejamos:

1) Os jovens iniciam precocemente a sua vida sexual e não tomam cuidado? Dás-se-lhes educação sexual nas escolas.

2) O português conduz mal e sem civismo? É fundamental proporcionar aos jovens educação rodoviária.

3) A malta pensa pouco (ou não pensa coisa nenhuma)? Dever-se-ia iniciar o ensino da Filosofia no ensino básico.

4) O squash é uma modalidade com pouca expressão? Forma-se já um núcleo de squash em cada escola.

5) As (algumas) juventudes partidárias têm dificuldade em recrutar pessoal? Há que dinamizar imediatamente a participação activa das crianças e jovens para consciencializá-los da necessidade de uma participação activa e empenhada na resolução dos desafios que se põem ao país (a 1ª lição é como se tornar um carneiro em 5 minutos).

E mais exemplos haveriam.

Assim, urge modificar os currículos escolares. Para que se tornem modernos e capazes de responder aos desafios que a sociedade actual nos põe, deveriam ser algo do género:

Disciplina

Duração Semanal

Educação Sexual (1)

2 x 90 min

Educação Rodoviária (2)

3 x 90 min

Pensar o chefe local

3 x 90 min

Política Hoje

5 x 90 min

Direitos Individuais

2 x 90 min

Deveres dos Outros

2 x 90 min

Jogos de Bastidores

2 x 90 min

Actividades Culturais e Desportivas

4 x 90 min

Actividades de Enriquecimento Curricular (3)

1 x 90 min

(1) Inclui dicas sobre como se tornar um Casanova.

(2) Inclui carta de lambreta após conclusão do 9º ano.

(3) Português falado (calão e vernáculo de preferência) e escrito (utilizando palavras com o máximo de três letras), Contar pelos dedos, Inglês (recorrendo a filmes de fácil compreensão, tipo Terminator), Estímulo Cerebral (com recurso à PSP e análogos), História (das farras passadas e da vida alheia), Geografia (da miúda que vive no 3º E), Ciência (para totós) e outras coisas irrelevantes que só servem para ocupar os tempos livres.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Regresso ao trabalho

A Páscoa acabou. É tempo de voltar ao trabalho. Para alguns alunos, é a altura de dar o tudo por tudo. Os mais precavidos fizeram-no desde o princípio. Depois ainda ficam a faltar o exames nacionais, tão importantes para aqueles que pretendem “fazer carreira” (curta, espera-se) no ensino superior.

Para os professores é tempo de fazer um último esforço (e mais um ainda) para ajudar aqueles que estão mais “aflitos” mas para quem ainda há “esperança de salvação”.  Esperemos que no fim haja a satisfação do dever cumprido e o prazer de ver as “crianças” a caminho da etapa seguinte.

Para todos, um bom trabalho.

Resolução de problemas

Os grandes desafios têm a vantagem de motivar a criatividade e de originar soluções por vezes enganosamente simples.

Veja-se este exemplo, retirado daqui.

DiagramadaResolucaodeProblemas

domingo, 4 de abril de 2010

Poesia do etanol

Não sou propriamente um apreciador, mas reconheço que um pouco de etanol de vez em quando não faz mal a ninguém. Até é pedagógico, quanto mais não seja para não voltarmos a fazer as mesmas figuras tristes, embora se possam fazer outras.

O etanol também contribui para a produção artística pelo efeito lubrificante que tem no fluir das palavras. Repare-se nestas pequenas “pérolas” da poesia e digam lá que não é assim? Manterei os autores no anonimato, para sua própria protecção.

1ª Pérola

“Quantas vezes nesta vida
O sorrisos reflecte a Lua
Corre Vénus decidida
Verdade cruel e nua
Minha alma perdida
Deixou-te livre na rua.”

2ª Pérola

“Ao longe os cães ladram
Quais Apolos viajantes
Ruídos incessantes ao longe
Ventos ou tempestades não eram
Eram os teus olhos cintilantes
Perdidos na tua música grunge
Os outros, esses não puderam
Irreflectidos, poderosos, reverberantes
Ó Olimpo! Salva-me da vida que me muge.”

3ª Pérola

“E as mulheres andam
lindas, produzida na praça
Todos os sentidos enganam
E perdido, morro de traça!”

4ª Pérola

“E tudo o que te dou
Tu sabes bem assim
Manhã, já cá não estou
Amor, paixão, êxtase, frenesim
Hipócrita não sou
Vou embora sem dizer sim!”

5ª Pérola

“Quantas vezes nesta vida
Nossa alma perdida
Quantas vezes nós nos rimos
Escondendo o que sentimos
Com vontade de chorar.”

O Capitão Ad Hoc

Leram bem: Ad Hoc. Não confundir com o inseparável companheiro do Tintim, o Capitão Haddock.

O Capitão Ad Hoc era um pequeno bar na ribeira do Porto onde passei algumas tardes. Pertencia a uns amigos que o arrendaram para tentar ganhar umas “massas”. Não correu lá muito bem e em poucos meses fechou. Não oferecia nada de diferente. Era mais um entre muitos.

Uma das paredes do bar estava “decorada” com um texto, da autoria de Paulo Mourão (que não faço a menor ideia de quem seja, e a quem desde já peço desculpa por não ter pedido licença para o publicar), acompanhado de uma ilustração a condizer. Rezava assim:

“Depois de nos arrancarem tudo cá de dentro
ficamos assim
em fragmentos que não sabem bem como juntar-se
regard les anjes
regard les poetes
regard les artistes
regard moi
pelo menos uma vez …”

Quantas vezes nos fragmentamos e depois não vemos maneira de voltar a refazer o puzzle? Por outro lado o puzzle humano tem uma grande vantagem: admite várias soluções. O que é óptimo, pois permite-nos evoluir. E que tanta falta faz evoluir!