Vivemos numa situação de crise, com tendência a agravar-se. Tomaram-se algumas medidas, mas temo que não surtam grande efeito a longo prazo; se calhar servirão apenas para por o problema em banho-maria …
Assim, achei por bem dar o meu contributo elencando um conjunto de medidas, que individualmente poderão (nalguns casos) não ser significativas, mas em conjunto certamente farão a diferença.
- Redução do número de ministros a 7 ou 8. Poupar-se-ia muito dinheiro em viaturas, combustíveis, telefones, água, luz, ajudas de custo, assessores, motoristas e um sem mais de mordomias;
- Acabar com os cartões de crédito sem limites de plafond para os altos cargos (e não só) do estado. Só os Membros do Governo, os Presidentes da República e da Assembleia da República o teriam, mas com limites razoáveis, afinal podem pagar a “bica” do seu bolso …
- Redução do número de deputados. Cada um dos círculos eleitorais elegeria 1 deputado e mais 1 por cada 100 000 eleitores recenseados;
- Acabar com as subvenções públicas aos partidos. Estes devem devem ser financiados pelos seus membros ou simpatizantes , não sendo permitido o financiamento por empresas. Todas as contribuições deverão ser obrigatoriamente declaradas e objecto de recibo. Fiscalização efectiva pelo Tribunal de Contas com aplicação de sanções aos prevaricadores, como por exemplo, o impedimento de participar em quaisquer actos eleitorais durante 5 anos.
Pergunta-se: alguém sabe qual foi a sanção aplicada ao partido que justificou alguns milhares de euros de despesas com um recibo de estacionamento? - Fim dos dirigentes sindicais com salários pagos pela entidade patronal. Sou favorável aos sindicatos, mas entendo que devem ser estes a pagar os salários dos seus dirigentes.
- Acabar com as 4 260 juntas de Freguesia existentes no país. Afinal, para além de passarem uns quantos atestados, servem para mais o quê? Para dar “tacho” aos camaradas de partido? Poupavam-se 12 780 “tachos”, já para não falar nas despesas de funcionamento dos edifícios onde estão instaladas. Quanto aos funcionários, seriam integrados nas respectivas Câmaras Municipais. Acrescente-se a isto os prejuízos causados pelo absentismo de todos os candidatos às Assembleias de Freguesia, durante o período eleitoral.
- Privatizar a CP, a Carris, o STCP, e outras do género. São autênticos “monstros sorvedouros” de dinheiro. São muitos milhares de milhões de euros de prejuízos todos os anos;
- Acabar com as deduções de viaturas ligeiras de passageiros nas contas de uma empresa. Para além das empresas de rent-a-car não estou a ver quais as que necessitam destas para o exercício da sua actividade? Ou será que um vendedor de sapatos necessita de um BMW xpto para visitar os clientes? Um comercial ligeiro não faz a mesma vez? Querem comprar carros de luxo, que o façam (estão no seu direito) mas que o estado (os portugueses) não ajude a pagar.
- Redução do número de assessores, consultores, secretárias e outros absorvedores de fundos com funções e utilidade questionáveis. Foi muito falada, a alguns anos, a recusa do vereador da câmara de Lisboa, Dr. Sá Fernandes, em usufruir dos 9 assessores a que tinha direito. E era vereador da oposição. Imagine-se os vereadores da equipa governante … um fartote.
- Impor um tecto máximo no valor das reformas e pensões pagas por organismos públicos, considerando-se todas as reformas e pensões auferidas pelo cidadão. Assim, o valor máximo seria de 6 salários mínimos nacionais. Com este valor (2850 €) vive-se bem em Portugal, pois uma pessoa reformada já tem os filhos criados e a casa e o carro pagos, pelo que os seus gastos se resumem às despesas diárias. Não dá para champanhe e caviar todos os dias mas … eu também nunca comi caviar e não morri.
- Acabar com os Governadores Civis. Afinal servem para quê?
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